DSM
Depois de anos pesquisando as disfunções masculinas, a medicina começou a investigar a sexualidade da mulher. Se os homens ganharam o Viagra e outras alternativas, que garantem quase 100% de resultados para a cura da impotência e outros distúrbios, as novidades para as mulheres que estão em busca do prazer sexual estão chegando.
Presente nos Congressos Mundiais de Medicina Sexual em São Francisco (1996), Amsterdan (1998), Austrália (2000), Canadá (2002) e Buenos Aires (2004), notei tempo e quantidade de palestras e mesas redondas crescente nestes congressos, fato que demonstra a necessidade e o interesse que esta disfunção feminina despertou.
Estudos mostram que 43% das mulheres americanas apresentam disfunção sexual, sendo que em 80% delas é de origem orgânica, é um número alto, mas real para a população americana. Cerca de 23% apresentam alterações do orgasmo (menos intensos ou ausentes – frigidez). Os outros 20% dividem-se entre baixa libido (pouco desejo), pouca excitação (pouca lubrificação) e dor genital superficial e ou interna (relacionado a fenômenos imuno- infecciosos e psicológicos).
Os hormônios feminino e masculino (este descoberto como o principal agente na libido e na excitação da mulher) são fundamentais para uma boa resposta. Atualmente, já conseguimos melhorar a metade destas mulheres. A boa notícia é que as pesquisas científicas estão derrubando o velho mito da mulher “frígida”.
A tal frigidez é um termo genérico que acaba gerando culpa, medo e inferioridade à mulher – mas pode simplesmente estar encobrindo disfunções orgânicas tratáveis por um médico especialista. O aspecto apenas psicológico da ausência de desejo, do medo das relações ou da dificuldade de alcançar o orgasmo, vinha sendo muito valorizado nas últimas décadas. De fato, existem bloqueios por educação muito rígida ou traumas sexuais, quando a terapia sexual será de muita ajuda. Os estudos científicos estão demonstrando que muitos problemas podem ser resolvidos com a ajuda de medicamentos ou aparelhos específicos, sem necessariamente passar pelo divã do psicanalista.
A primeira providência do médico, é avaliar se a disfunção tem origem psicológica ou orgânica. Muitas vezes, na origem da dor, durante a relação sexual, está uma infecção , ou outras condições tratáveis. Outro exemplo, é um distúrbio como a ausência do desejo sexual. Antes de achar que é “fria”, a mulher deve consultar um especialista.